O primeiro olhar da janela de manhã O velho livro de novo encontrado Rostos animados Neve, o mudar das estações O jornal O cão A dialéctica Tomar duche, nadar Velha música Sapatos cómodos Compreender Música nova Escrever, plantar Viajar, cantar Ser amável.
Bertold Brecht
7 comentários:
menina...
disse...
Com coisas tão simples, com estes tão pequenos grandes prazeres, como é possivel que a vida seja sempre tão complicada?!
Será assim tanto? Vamos fazer uma receita de "nouvelle cuisine":
- deixamos para trás meia dúzia de preconceitos, - despejamos litros de água em cima para deixar o excesso de orgulho ir pelo ralo, - acrescentamos uma dose de amnésia perante as expectativas que terceiros depositaram sobre nós, - e finalmente deixamos a massa do universo fluir sobre nós, podemos até começar com a massa de vento sobre o rosto.
Agora, a receita está aí. É de grau de dificuldade médio. O tempo de preparação é relativo, proporcional à vontade. Mas temos todo o tempo do mundo.
Deixa lá, eu também não sou grande espingarda na culinária... mas não desisto de fazer as minhas experiências... frustradas muitas vezes, no entanto acabo por perceber onde errei. E sabes que, no que diz respeito às receitas de bolos, correm mal porque não tenho paciência para pôr as claras de ovos em castelo, dá muito trabalho... depois a massa não fica fofinha. Os bolos instantâneos não têm o mesmo sabor!
"...Salve, tinir dos copos! Festas de amor, alegres algazarras de ebritroante bródio! Salve! co'a taça em punho eu vos saúdo!Beber, cantar e amar eis, meus amigos, das breves horas o mais doce emprego; O mais tudo é quimera. ..."
"Arranquei-te da terra pelas raízes ébrias de tuas mãos e bebi-te todo, oh fruto perfeito e delicioso!"
Salvador Novo
"Eu adorava o meu tambor. Trazia-o suspenso por uma correia larga atravessada no peito. Era um grande tambor. Usava paus de carvalho para bater na sua pele amarelo-baça. Com o tempo, os paus foram ficando polidos dos meus dedos, o que atestava o meu zelo e diligência. Andava com o tambor pelas ruas, branco do pó ou preto da lama; o mundo, de um lado e do outro, era verde, dourado, castanho ou branco, conforme as estações. Onde quer que fosse, a paisagem estremecia ao som do ra-tã-plã-plã, plã, pois as mãos não me pertenciam a mim mas ao tambor, e quando o tambor se calava sentia-me doente."
7 comentários:
Com coisas tão simples, com estes tão pequenos grandes prazeres, como é possivel que a vida seja sempre tão complicada?!
Será assim tanto? Vamos fazer uma receita de "nouvelle cuisine":
- deixamos para trás meia dúzia de preconceitos,
- despejamos litros de água em cima para deixar o excesso de orgulho ir pelo ralo,
- acrescentamos uma dose de amnésia perante as expectativas que terceiros depositaram sobre nós,
- e finalmente deixamos a massa do universo fluir sobre nós, podemos até começar com a massa de vento sobre o rosto.
Agora, a receita está aí.
É de grau de dificuldade médio.
O tempo de preparação é relativo, proporcional à vontade. Mas temos todo o tempo do mundo.
Gostei imenso da receita!!!
Só lamento ser um desastre na cozinha...
Deixa lá, eu também não sou grande espingarda na culinária... mas não desisto de fazer as minhas experiências... frustradas muitas vezes, no entanto acabo por perceber onde errei. E sabes que, no que diz respeito às receitas de bolos, correm mal porque não tenho paciência para pôr as claras de ovos em castelo, dá muito trabalho... depois a massa não fica fofinha. Os bolos instantâneos não têm o mesmo sabor!
Pois, pois,... escrever é tão fácil!
Será? Haverá uma diferença assim tão grande?
Coisas simples, palavras belas e assim se constrõe a alma e o perfume de um poema
Luis
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