Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.
Alexandre O'Neill
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.
Alexandre O'Neill
2 comentários:
Hmm... bonita imagem!
Este poema é um autêntico elogio á 'PALAVRA', sem a qual (eu) não teria escrito isto, sem a qual não teria sido possivel este lindo poema, e sem a qual não existiria a POESIA!!!
E por vezes, parece que existem 'palavras' que têm tanto valor como os actos e que nos fazem transcender para outros mundos e vidas.
Palavras que são o trigo, palavras que se transformam em joio... mas sempre a palavra que faz mover mundo. Move-o para a frente, por vezes uns passos para trás... mas estagnado nunca! Que a palavra é caprichosa e espera sempre a consequencia, ainda que seja a mais subtil... e mesmo o silêncio, ou a folha em branco, é prenúncio de si. Promessa. Sombra.
Mas que sejam sempre PALAVRAS QUE NOS BEIJAM COMO SE TIVESSEM BOCA!
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