"...Salve, tinir dos copos! Festas de amor, alegres algazarras de ebritroante bródio! Salve! co'a taça em punho eu vos saúdo!Beber, cantar e amar eis, meus amigos, das breves horas o mais doce emprego; O mais tudo é quimera. ..."
"Arranquei-te da terra pelas raízes ébrias de tuas mãos e bebi-te todo, oh fruto perfeito e delicioso!"
Salvador Novo
"Eu adorava o meu tambor. Trazia-o suspenso por uma correia larga atravessada no peito. Era um grande tambor. Usava paus de carvalho para bater na sua pele amarelo-baça. Com o tempo, os paus foram ficando polidos dos meus dedos, o que atestava o meu zelo e diligência. Andava com o tambor pelas ruas, branco do pó ou preto da lama; o mundo, de um lado e do outro, era verde, dourado, castanho ou branco, conforme as estações. Onde quer que fosse, a paisagem estremecia ao som do ra-tã-plã-plã, plã, pois as mãos não me pertenciam a mim mas ao tambor, e quando o tambor se calava sentia-me doente."
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